Um
descaso com a saúde de recém-nascidos foi registrado nesta quarta-feira
(2) por uma funcionária da Maternidade Dona Evangelina Rosa, a maior
unidade neonatal pública do Piauí. A servidora fez imagens que mostram
bebês dividindo o mesmo leito. Uma das fotos mostra quatro
recém-nascidos dentro de um dos berços da sala RN. O espaço recebe os
recém-nascidos que aguardam transferência para enfermarias, UTI Neonatal
ou berçário.
Para
Francisco Martins, somente a construção de outra maternidade resolverá o
problema da lotação. Ele contou que no ano passado solicitou ao
Ministério Público, através da promotora Claudia Seabra, que as
maternidades da rede municipal realizassem mais partos e somente os
casos mais graves fossem encaminhados para a Evangelina Rosa.
O diretor disse que cobrou do governador Wilson Martins, nesta quarta-feira (2), a construção da nova maternidade e que o gestor lhe garantiu que irá assinar em breve a ordem de serviço para a construção da unidade. G1
Segundo
a profissional, que não quis ser identificada, a situação é difícil.
“Muitas crianças sadias são mantidas por até três dias no mesmo berço
com outras que têm patologias, correndo risco de infecção ou até mesmo
de morte. A sala RN fica superlotada de bebês sadios esperando vaga no
berçário, e aqueles com patologia aguardam ser levados para a UTI, que
tem apenas 20 vagas”, disse.
Ao ver
as imagens dos bebês dividindo o mesmo leito, o diretor relatou que os
recém-nascidos das fotos são sadios e afirmou ser comum até duas
crianças dividirem o mesmo leito. “Quando temos seis partos ao mesmo
tempo, não há espaços para alojar todos estes bebês. A maternidade é
moldada, sua estrutura é comprometida e não tem como aumentar o número
de leitos”, justificou.
O diretor disse que cobrou do governador Wilson Martins, nesta quarta-feira (2), a construção da nova maternidade e que o gestor lhe garantiu que irá assinar em breve a ordem de serviço para a construção da unidade. G1