Questionado se votará pela admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Elmano Férrer (PTB) admitiu pela primeira vez que votará pela aceitação da denúncia no Senado.
Ao falar ao vivo no Jornal do Piauí, direto de Parnaíba, o senador confirmou que já decidiu seu voto nesse primeiro momento e que caso o processo seja aceito na Casa, ele julgará depois o mérito do processo. Segundo Ferrer, ele ouvirá defesa e contraditório, nos 180 dias em que a presidente Dilma será afastada do cargo.
"Exatamente isso. São duas coisas, então o mérito nós vamos depois ouvir a acusação e a defesa. Quem julga é o Senado sob a presidência do presidente do Supremo, ou seja, todos nós, é como se fosse um conselho de sentença do mais alto nível, porque são dois poderes que estão reunidos. [...] Então são várias etapas, sendo que nessa primeira etapa vamos votar pela admissibilidade. Em acontecendo, a presidente será afastada por 180 dias, quando se instaura o verdadeiro processo de julgamento, sob a presidência do Senado e do presidente do STF", afirmou Elmano.
Em o processo sendo aprovado pela Comissão Especial na próxima semana, vai para votação dos 81 senadores, que devem votar a favor ou não da admissibilidade. Passando pelo Senado, a presidente é afastada por 180 dias, para então começar a ser analisado pela Casa e Supremo Tirbunal Federal.
Para Elmano Férrer, esse é um processo muito traumático para todo o país ,mas que não vai fugir da sua responsabilidade. "Isso é uma decisão traumática, toda a nação está voltada para ela não gostaríamos de ter um momento como esse e fazer parte desse julgamento, mas a luz da Constituição, da lei 10079, de 1950, que trata especificamente dos crimes de responsabilidade, nós temos que fazer esse julgamento após a aprovação da admissibilidade".
Ele concorda que existe uma denúncia, já aprovada na Câmara por 2/3 do total de votos, tendo portanto superado o quórum estabelecido pela legislação. "Agora o mérito nós vamos ter o tempo da instrução do processo, ouvir testemunhas, ouvir a defesa, é que agora nós estamos votando pela admissibilidade, pela aceitação da denúncia, que vai ser segunda-feira próxima".
O senador também reafirmou que já ouviu muitas pessoas, analisou os aspectos jurídico e político da questão e que vai tomar uma decisão com muita responsabilidade, independência, ouvindo a verdadeira denúncia, os seus fundamentos na defesa e no contraditório.
"Meu voto eu já tenho, posso dizer que venho ouvindo muitas pessoas e depois que for instaurada a comissão que deverá acontecer na próxima segunda a partir das 16h, que julgará a admissibilidade do impeachment, eu já tenho mais ou menos uma ideia. Quer dizer, já tenho convicção do meu voto e vou dar essa informação tão logo instalem a comissão do processo de julgamento". Fonte: cidadeverde.com
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