O governador Wellington Dias (PT) saiu em defesa de eleições gerais no país para resolver a crise política no Congresso Nacional. O petista é contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e, assim como ela, trata a iniciativa como golpe. Wellington teme que a democracia seja jogada na lata do lixo com a invalidação forçada de 54 milhões de votos dados à Dilma.
“Se houver brecha para se tirar uma presidente sem ter cometido crime, estamos jogando na lata do lixo tudo que estamos construindo desde 1988. Nesse instante é pensar menos no meu partido, em governo, e pensar no Brasil. Somos todos vítimas de uma situação desde 2015, onde a economia está caindo, o país afundando, o Congresso parado. Estamos terminando o mês de abril e não há comissão instalada na Câmara dos Deputados. Não se votou nada esse ano. É de propósito. É contra isso que me rebelo”, declarou durante a solenidade de promoção de 191 policiais militares.
O governador revelou que conversou com o senador Elmano Férrer (PTB) sobre eleições gerais. O petebista assinou ontem uma proposta de emenda para viabilizar o tema. “O Senado durante o período que tramita o processo de impeachment abriu essa debate. Ontem falei com Elmano e ele me relatava que assinou um projeto que trata sobre a saída da eleição como uma alternativa.
Para que a Constituição seja respeitada, já que há um mandato dado por 54 milhões de eleitores por 4 anos, é preciso que se tenha a concordância da presidente. Eu me coloco à disposição para estar dialogando”, disse.
“Se houver a concordância, temos uma emenda constitucional que estabelece a eleição. Isso devolve ao povo o direito de escolha. A presidente e o vice renunciariam seus mandatos para dar posse a quem for escolhido. Fora isso é preciso ter muito zelo e cuidado com a democracia. É um tema novo. A gente precisa encontrar uma saída. Não podemos dar um passo para trás”, continuou.
Wellington comentou uma manifestação ocorrida na manhã desta quinta-feira em frente a casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Defendeu uma reforma política urgente no país e que o afastamento de Dilma deixaria o Brasil em uma situação difícil.
“Essa manifestação revela o óbvio. Quem acompanhou a votação na Câmara pode perceber o quanto é necessário uma reforma política. Cresceu na sociedade uma compreensão de que há um governo com uma baixa popularidade. É verdade, mas de outro lado temos uma presidente honesta que não cometeu crime de responsabilidade. O afastamento dela colocaria o país numa situação difícil. Tem um vice presidente que também é questionado, tem um vice-presidente, no caso Eduardo Cunha, já respondendo a crimes comprovados. Há necessidade, portanto, de entrar em campo e eu tenho me colocado nesse lado para que se encontre uma saída pensando no Brasil”, declarou.
Para o governador, Temer tramou a queda de Dilma e não terá legitimidade como presidente nem diante do povo e nem diante do Congresso.
"Se tivéssemos uma eleição hoje, quem votaria na chapa [Michel] Temer presidente e [Eduardo] Cunha vice? Estamos falando em legitimidade. Se de um lado digo que haverá dificuldade para Dilma, de estabilidade, pelo estágio em que chegou a relação com o Congresso, penso que será o mesmo com o vice. Não há na historia de países democráticos um vice que tenha tramado a queda de um presidente", declarou.
O governador disse que o país já esticou a corda demais em relação ao impasse político e que é preciso evitar qualquer tipo de golpe. “Eu reconheço que já esticamos demais a corda desde que terminou a eleição. Precisa ser uma saída pela democracia. Não pode ser através de um golpe. Nem golpe pelo Congresso, nem pelo Judiciário, nem golpe de qualquer natureza. Precisamos dialogar. A saída da presidente representa um automático golpe. É isso que me encoraja acreditar na democracia”, desabafa.
Fonte: CidadeVerde
“Se houver brecha para se tirar uma presidente sem ter cometido crime, estamos jogando na lata do lixo tudo que estamos construindo desde 1988. Nesse instante é pensar menos no meu partido, em governo, e pensar no Brasil. Somos todos vítimas de uma situação desde 2015, onde a economia está caindo, o país afundando, o Congresso parado. Estamos terminando o mês de abril e não há comissão instalada na Câmara dos Deputados. Não se votou nada esse ano. É de propósito. É contra isso que me rebelo”, declarou durante a solenidade de promoção de 191 policiais militares.
O governador revelou que conversou com o senador Elmano Férrer (PTB) sobre eleições gerais. O petebista assinou ontem uma proposta de emenda para viabilizar o tema. “O Senado durante o período que tramita o processo de impeachment abriu essa debate. Ontem falei com Elmano e ele me relatava que assinou um projeto que trata sobre a saída da eleição como uma alternativa.
Para que a Constituição seja respeitada, já que há um mandato dado por 54 milhões de eleitores por 4 anos, é preciso que se tenha a concordância da presidente. Eu me coloco à disposição para estar dialogando”, disse.
“Se houver a concordância, temos uma emenda constitucional que estabelece a eleição. Isso devolve ao povo o direito de escolha. A presidente e o vice renunciariam seus mandatos para dar posse a quem for escolhido. Fora isso é preciso ter muito zelo e cuidado com a democracia. É um tema novo. A gente precisa encontrar uma saída. Não podemos dar um passo para trás”, continuou.
Wellington comentou uma manifestação ocorrida na manhã desta quinta-feira em frente a casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Defendeu uma reforma política urgente no país e que o afastamento de Dilma deixaria o Brasil em uma situação difícil.
“Essa manifestação revela o óbvio. Quem acompanhou a votação na Câmara pode perceber o quanto é necessário uma reforma política. Cresceu na sociedade uma compreensão de que há um governo com uma baixa popularidade. É verdade, mas de outro lado temos uma presidente honesta que não cometeu crime de responsabilidade. O afastamento dela colocaria o país numa situação difícil. Tem um vice presidente que também é questionado, tem um vice-presidente, no caso Eduardo Cunha, já respondendo a crimes comprovados. Há necessidade, portanto, de entrar em campo e eu tenho me colocado nesse lado para que se encontre uma saída pensando no Brasil”, declarou.
Para o governador, Temer tramou a queda de Dilma e não terá legitimidade como presidente nem diante do povo e nem diante do Congresso.
"Se tivéssemos uma eleição hoje, quem votaria na chapa [Michel] Temer presidente e [Eduardo] Cunha vice? Estamos falando em legitimidade. Se de um lado digo que haverá dificuldade para Dilma, de estabilidade, pelo estágio em que chegou a relação com o Congresso, penso que será o mesmo com o vice. Não há na historia de países democráticos um vice que tenha tramado a queda de um presidente", declarou.
O governador disse que o país já esticou a corda demais em relação ao impasse político e que é preciso evitar qualquer tipo de golpe. “Eu reconheço que já esticamos demais a corda desde que terminou a eleição. Precisa ser uma saída pela democracia. Não pode ser através de um golpe. Nem golpe pelo Congresso, nem pelo Judiciário, nem golpe de qualquer natureza. Precisamos dialogar. A saída da presidente representa um automático golpe. É isso que me encoraja acreditar na democracia”, desabafa.
Fonte: CidadeVerde