Piauí possui um dos maiores acervos de arte rupestre

Síto Arqueológio da Serra da Capivara reúne arte rupestre (Foto: Reprodução/TV Clube)
O Piauí é um dos estados do Brasil com a maior concentração de arte rupestre das Américas. As centenas de sítios arqueológicos, formações rochosas que desafiam a curiosidade dos visitantes e mistérios que podem explicar a origem do homem americano foram tema do quadro Riquezas do Piauí desta sexta-feira (8).

O sertão piauiense tem um papel de protagonista na busca pela origem pré-histórica. O mais famoso cenário é a Serra da Capivara, localizado a 530 km da capital. No local, foram catalogados mais de 1.200 sítios arqueológicos e conta com pinturas rupestres feitas em rochas e paredes de cavernas feitas há milhares de anos.

A maior concentração de vestígios pré-históricos já encontrados nas Américas é considerado patrimônio cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

"O parque foi criado em 1979, em função da proteção dos sítios arqueológicos. Nós temos aqui descobertas valiosas para nossa região e para o mundo, por isso somos referência na América", pontuou a analista ambiental Melina.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os vestígios se espalham de Norte à Sul do estado, cobrindo uma área de 70 cidades. Rico em arte rupestre, o Piauí tem um dos mais importantes vestígios que ajudam a recontar a origem da humanidade a partir da pré-história.

No sítio Poço da Bebidinha, o emaranhado de formações rochosas forma parte do Cânion do Rio Poti. Para chegar ao local é preciso duas horas de carro e uma hora de caminhada, até encontrar a maior concentração de gravuras rupestres.

O condutor turístico Carlos Henrique contou sempre ficar encantado com a beleza do parque. Ele ressaltou que o local é bastante visitado, principalmente por arqueólogos de todo o país.

Por causa da riqueza arqueológica, o sítio foi escolhido pelo arqueólogo Wellington Lage para o seu projeto de pesquisa. Ele tenta desvendar os mistérios presentes nas gravuras pré-históricas.

"Você entender a mensagem que eles queriam passar é muito difícil, porque as gravuras são a maioria das vezes abstratas. No entanto, a partir dela é permitido observar certa de indicadores do ambiente daquela época", comentou.

No Parque Nacional de Sete Cidades, localizado na região Norte do Piauí, o lugar repleto de formações rochosas fascinam cerca de 30 mil turistas por ano. Há mais de meio século o labirito de rochas, com mais de seis mil hectares, tornou-se um dos locais mais visitados do país.

O mirante é possível observar toda a extensão do parque. Em outras rochas, os formados parecidos com de animais e objetos aguça a imaginação dos visitantes. As pinturas rupestres completam o cenário pouco explorado.

Fonte: G1
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