Ex-pastor é preso suspeito de estuprar criança durante 3 anos no Piauí

Cícero José Lúcio, 37 anos, é ex-pastor de uma igreja evangélica e foi preso às 15h de ontem (1º) na cidade de José de Freitas (48 km de Teresina). Ele é suspeito de estuprar uma menina dos oito aos 11 anos de idade, quando ela estava sob sua custódia. À polícia, Cícero negou a informação e disse que as denúncias ocorreram por vingança. Exames comprovaram o estupro. Este foi o quarto estupro de vulnerável registrado em menos de 24 horas no Piauí.

Segundo o delegado Jarbas Lima, titular da delegacia de José de Freitas, o homem foi preso enquanto trabalhava como pedreiro em um sítio às margens da PI-113. "Ele negou todas as informações, disse que o pessoal da igreja tinha raiva dele e estava inventando isso, para se vingar", informou. 

O homem é suspeito de estuprar a criança desde que ela tinha apenas oito anos, quando foi morar com ele. A menina vivia em uma família envolvida em diversos crimes e sua mãe deixou que Cícero, pastor de uma igreja evangélica à época, a criasse. 

"A mãe da menina foi presa tem menos de dois meses, por furto. O irmão é envolvido com vários crimes, tem um extenso histórico. A irmã é casada com um ex-presidiário. Então a gente vê que é uma família bastante desestruturada, com vários problemas", declarou Jarbas. 

Os abusos teriam começado na casa do ex-líder religioso e só foram interrompidos porque familiares da garota tiraram a menina da casa de Cícero, descobriram os abusos e levaram o caso ao conselho tutelar da cidade. Exames já comprovaram o crime. 

"A situação está bastante esclarecida, temos um inquérito bastante robusto com provas desses estupros. Além do depoimento de pessoas da igreja, que colaboraram totalmente com a investigação, temos depoimentos de familiares, relatórios psicológicos da vítima que indicam trauma intenso devido aos estupros e um exame médico que confirmou a violência", disse. 

O homem está detido na delegacia de José de Freitas e aguarda vaga no sistema prisional. Ele vai responder pelo crime de estupro de vulnerável e pode cumprir pena de oito a 15 anos, prevista no artido 217 do código penal.

O delegado informou ainda que a mãe da menina pode responder por abandono de incapaz, por ter deixado que a criança fosse morar com o suspeito. 

"Ela agora está com outros familiares, que vão cuidar dela. E eu solicitei acompanhamento psicológico para que ela receba atendimento a partir de agora", destacou Jarbas. 

Fonte: CidadeVerde
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