No aniversário de 15 anos dos atentados de 11 de Setembro, os americanos homenageiam neste domingo as vítimas fatais do episódio que marcou a história dos EUA. Entre minutos de silêncio, os nomes das 2.983 pessoas que morreram são lidos pelos seus parentes em uma cerimônia no memorial do Marco Zero, local onde ficavam as torres gêmeas em Nova York. O chefe da Casa Branca, Barack Obama, participará mais tarde de uma cerimônia no Pentágono, também atingido por um avião naquela data.
A cerimônia tem a presença de policiais e bombeiros, em uma homenagem às equipes de resgate que se arriscaram para salvar vidas naquele dia. Familiares das vítimas se reúnem para lembrar suas perdas, e muitos levam fotos dos seus parentes que morreram no atentado. Os candidatos à presidência dos EUA, o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton, também visitam o local neste domingo.
Mais de 340 bombeiros e 60 policiais morreram na terça-feira ensolarada de 2001, quando dois aviões derrubaram os edifícios. Muitos não sobreviveram porque tentavam subir as escadas para salvar as vítimas presas nos andares mais altos.
O primeiro discurso da cerimônia foi realizado por um jovem que perdeu seu pai nos atentados. Emocionado, ele relembrou a dor daquele dia e agradeceu a todos que ofereceram ajuda às famílias das vítimas. "No 11 de Setembro, a nação se uniu. Muitos tentaram nos ajudar", disse.
No total, os presentes fazem seis minutos de silêncio intercalados para homenager as vítimas. Quatro destas pausas marcam a hora exata em que, 15 anos atrás, quatro aviões sequestrados colidiram nas torres gêmeas, no Pentágono e em um campo da Pensilvânia. Os últimos dois minutos de silêncio lembram o momento em que cada um dos edifícios em Nova York colapsou.
Como já é de costume desde 2012, autoridades não fazem discursos na cerimônia. Mais tarde, Obama participará de outra homenagem no Pentágono. Quando a noite cair neste domingo, holofotes projetarão feixes de luz no céu para representar as torres, que só serão apagados ao amanhecer de segunda-feira.
Em sua mensagem semanal por rádio e internet, o presidente afirmou no sábado que o país jamais cederá frente ao medo, embora os terroristas tentem assustar a população e fazê-la mudar seu modo de viver. E pediu que todos se lembrem das coisas que permaneceram iguais desde o atentado, embora muitas outras tenham mudado ao longo dos anos:
"Os valores fundamentais que nos definem como americano. A fortaleza que nos sustenta. Continuamos sendo os EUA dos herois que correram em direção ao perigo, das pessoas comuns que eliminaram sequestradores, das famílias que converteram sua dor em esperança", disse.
Já neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, escreveu uma mensagem em memória das vítimas do 11 de Setembro em seu Twitter. A hashtag #NeverForget (Jamais esquecer, em português) toma conta das redes sociais.
"No 11 de setembro, nós lembramos daqueles que perdemos, daqueles que tentaram salvá-los. Nós os honramos procurando a paz, a segurança e a justiça no mundo. #NeverForget", escreveu Kerry.
Os atentados foram conduzidos peo grupo terrorista Al-Qaeda. O seu líder, Osama bin Laden, foi aniquilado quase uma década depois pelas forças americanas em uma operação militar no Paquistão.
No discurso de sábado, Obama destacou que a ameaça terrorista evoluiu desde então, citando os ataques que neste período atingiram Boston, Chatanooga, San Bernardino e Orlando. Estas cidades viveram tiroteios fatais vinculados ao terrorismo que chamaram a atenção do mundo.
Fonte: O Globo