Sidney de Moraes, único participante a levar o prêmio máximo do “Show do Milhão”, revela que ainda está rico, que doou parte da fortuna que ganhou no programa e o que fez para ter tantos conhecimentos, a fim de ganhar R$ 1 milhão no programa do SBT.
Isso mesmo, ele passou anos estudando com o intuito de ganhar o prêmio milionário das mãos de Silvio Santos: comprou a coleção completa da Enciclopédia Barsa, livros de história e passou a estudar 8 horas por dia para participar do programa que assistia diariamente. Sidiney gravava o “Show do Milhão” para pesquisar as perguntas que não eram respondidas. Ele ainda anotou todas as perguntas do programa de 2000 até 2003 em 25 cadernos com as respectivas respostas corretas.
E para tentar ser um milionário, o aposentado enviava mensalmente 80 (!!) cupons, que vinham encartados na “Revista do SBT”. Os custos mensais para tentar a sorte eram de aproximadamente 200 reais e mesmo assim ele nunca foi sorteado.
A sua ida para o programa do SBT aconteceu após uma operadora de telefonia celular passar a patrocinar o quadro e, para divulgar o produto, a mesma fez uma promoção: quem comprasse um celular concorreria a uma vaga no programa. Foi o que ele fez em 2003 e o que lhe valeu a vaga para tentar ganhar 1 milhão de reais. “Uso o mesmo celular até hoje, meus filhos quiseram me comprar um desses novos, mas eu não quero”, diz Sidney.
Após responder corretamente a pergunta “Quem foi o último rei da Macedônia?”, o aposentado tinha nas mãos o prêmio de R$ 500 mil. Voltou depois de 2 meses para responder a “Pergunta do Milhão”. Hospedado no hotel Othon Palace, no centro de São Paulo, ele resolveu estudar sobre a vida dos presidentes, ao se lembrar de perguntas sobre Fernando Henrique Cardoso em programas anteriores. Essa foi sua sorte.
A pergunta milionária era: “Em que dia nasceu e em que dia foi registrado o presidente Lula?”. Bingo! Sidney acertou e revela: “Acertei porque, nas quatro opções, só havia uma com o dia 6”. O aposentado sabia que a data de nascimento de Lula era 6 de outubro.
Após ficar milionário, ele entregou 100 mil reais para cada um dos dois filhos (Sérgio, de 52 anos, e Sílvia, 51), 15 mil para um parente próximo e distribuiu 5 mil para alguns parentes e amigos. Sidiney garante que não houve nenhuma briga pelo dinheiro. “Mudou totalmente minha vida”, diz ele, que ainda garante ter mais da metade do dinheiro guardado em sua conta. “Tenho cabeça boa”, conta.
Com o prêmio, ele adquiriu o apartamento de 258m² no qual mora sozinho, no centro de Campo Grande, depois do falecimento da esposa, em 2007. Três anos depois, comprou também um carro modelo 2006 e está com ele até hoje. Lê diariamente o jornal Correio do Estado e a revista Veja, além dos seus livros de História.
Hoje com 80 anos, ele garante que assistirá a nova versão (infantil) do programa, sob apresentação de Patricia Abravanel, mas alega que, ainda que pudesse, não acha que seria sorteado de novo. “Por mais de 15 anos, comprei, todo mês, nove cartelas da Tele-Sena e nunca ganhei nada”, conta. “O máximo que consegui foi acertar três números na Mega-Sena. Deus me ajudou naquele dia, mas acho que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”.
Com informações do Blog do Curioso.
Vale dizer que apenas duas pessoas tentaram o prêmio máximo do programa. Sidney (em 2003) e Jair Hermínio da Silva, que errou quantas letras existem no texto escrito no centro da bandeira do Brasil. São 15 e ele falou 16, no programa que foi ao ar em 28 de fevereiro de 2002.