Nomes de 20 políticos do Piauí aparecem em lista da JBS

Uma planilha entregue pela JBS à Procuradoria Geral da República (PGR) mostra que 20 políticos do Piauí que disputaram as eleições 2014 receberam financiamento da empresa de Joesley Batista através dos seus partidos. A lista inclui deputados federais, estaduais e o senador Ciro Nogueira (PP). A planilha com todos os nomes foi divulgada pelo jornalista Fausto Macêdo, do Estadão. Veja a lista completa aqui

O senador Ciro Nogueira, segundo a planilha, teria recebido o maior valor: R$ 2,4 milhões.  A esposa dele, deputada federal Iracema Portela, vem logo atrás com R$ 695 mil. 

Os nomes dos deputados Silas Freire e Mainha também aparecem na lista com financiamento pela JBS de R$ 200 mil e R$ 100 mil, respectivamente. A empresa citou ainda o deputado Merlong Solano (PT) - R$ 6.600 - hoje secretário de governo, além do suplente de deputado federal Flávio Nogueira (PDT) com R$ 100 mil.

Em âmbito estadual, cinco deputados tiveram seus nomes citados pela JBS. São eles: Flávio Nogueira Junior (PDT) - R$ 35 mil, Julio Arcoverde - R$ 304 mil, Fábio Xavier - R$ 200 mil, Fábio Novo - R$ 3.179 e Cícero Magalhães (PT) - R$ 3.179

A lista contém ainda nomes de candidatos, como:


  • José Carvalho Rufino (PCdoB) - R$ 58.900
  • Maria Rosalina dos Santos (PT) - R$ 3.179
  • Francisco Guedes (PT) - R$ 3.179
  • Junior do MP3 (PT) - R$ 1.800
  • Carlos Alberto Pereira da Silva (PT) - R$ 3.179
  • Rosângela Maria da Costa Gomes (PT) - R$ 3.179
  • Reynolds José Benício (PT) - R$ 2.300 

Veja notas de esclarecimentos de diretórios e políticos citados

PCdoB

a) A Direção Nacional do PCdoB recebeu contribuições eleitorais de pessoas físicas e jurídicas, dentre elas, a JBS;

b) A Direção Nacional transferiu para a campanha de seus candidatos no Piauí, Osmar Junior e Zé Carvalho, a importância de R$ 708.800,00 (setecentos e oito mil, oitocentos reais), conforme prestações de contas rigorosamente dentro do que determina a legislação eleitoral vigente e aprovadas pelo TRE/PI;

c) A revelia da origem de contribuições de campanha, a militância e a Direção do PCdoB, notadamente os ocupantes de cargos de representação política, jamais abdicaram, nem abdicarão, de compromissos programáticos em defesa da uma sociedade mais justa, dos interesses nacionais e da democracia.

Teresina, 23 de maio de 2017
Direção Estadual do PCdoB/PI

Francisco Guedes

Até a campanha eleitoral do ano de 2014 a legislação eleitoral permitia a doação de recursos para campanha por pessoas jurídicas (empresas). Apenas a partir da minirreforma eleitoral (lei 13.165/2015) é que ficaram vedadas as doações eleitorais por empresas.

Assim, todas as doações que o PT do Piauí recebeu foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais. Os recursos foram destinados às campanhas de diversos candidatos, que, por sua vez, prestaram contas à Justiça Eleitoral. Todos os dados podem ser consultados na página oficial do TSE.

Por fim, o Partido espera que seja rapidamente esclarecida nas investigações a diferença entre propina, doação legal e caixa 2. E repudia a tentativa de criminalizar as doações legais recebidas por partidos e candidatos dentro do permitido legalmente (PT/PIAUÍ).

Merlon Solano

Não tive contato com qualquer pessoa da JBS. A doação que recebi da empresa (R$ 6.600) é fruto de repasse do diretório nacional ao diretório estadual do PT. Todas as doações que recebi ocorreram dentro da legalidade e foram declaradas ao TSE.

Com informações do Estadão
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