Mãe do pequeno Arthur, de 6 anos, do casamento anterior com João Marcelo Bôscoli, Eliana está ansiosa para o nascimento de sua primeira filha, Manuela, fruto do seu relacionamento com o diretor Adriano Ricco. Mas nos últimos meses, a apresentadora viveu momentos de angústia devido a gestação delicada que a afastou da TV. No entanto, essa não é a primeira gestação complicada da loira. Capa da revista "Contigo", ela revela que sofreu um aborto espontâneo no ano passado.
"Essa gravidez foi muito desejada desde sempre. O Adriano ainda não era pai e eu, muito feliz por já ser mãe, sabia que se fosse para ter mais um, deveria ser logo, pois já tinha cruzado a linha dos 40. Então, no ano passado, conversamos, planejamos, engravidei e comemoramos muito. A alegria, porém, acabou no segundo mês. No início de novembro tive um aborto espontâneo. Além da família e dos muito íntimos, ninguém soube nem da euforia e nem da tristeza que vivemos; do desabar dos sonhos. Aliás, pouco se fala da dor e do luto de uma gravidez interrompida. A mulher ou o casal vive isso no silêncio, no choro contido", contou Eliana, que dois dias após a curetagem já estava no palco, no comando do Teleton.
'Não pude curtir a barriga'
Em março deste ano, com apenas 11 semanas de gestação, Eliana passou por uma cirurgia. Por ter o colo do útero curto, foi necessário fazer uma cerclagem (para garantir a sustentação do bebê no ventre). A cirurgia por meio de uma técnica robótica, menos invasiva, durou quatro horas.
"Sofri com a recuperação, mas só pensava na bebê. Deu tudo certo. A Manuela foi uma guerreira. Hoje tenho apenas a lembrança deste momento bastante tenso e as cinco cicatrizes das pequenas incisões na barriga por onde passaram as "pinças" do robô. A partir daí, achei que seria só curtir a gravidez tranquilamente como na do meu primeiro filho, Arthur, hoje com 6 anos. Daquela vez, me senti super disposta o tempo todo e trabalhei até quase a véspera do seu nascimento".
Dois meses depois da cirurgia, outro contratempo: um considerável descolamento da placenta. "Quando vi, estava sangrando intensamente. Fiquei apavorada. Saí sem falar muito, entrei no carro e comecei a chorar. Quando resolvi ligar para minha médica e, em seguida, para o meu namorado Adriano – que estava trabalhando na Globo, no Rio (...) Orientada pela minha obstetra dei entrada no hospital em estado de emergência. Depois de uma série de exames em nós duas, veio a explicação médica, Mais uma vez eu ficaria no hospital. Eu precisava ficar internada para monitorar a evolução clínica da situação", contou Eliana.
Nos 30 dias de internação, Eliana conta ter vivido cercada de insegurança. "Não pude curtir a barriga. Eram só incertezas. Não pude curtir a barriga. Aprendi que obstetrícia é uma especialidade médica sem respostas exatas. Cada gestação tem sua singularidade". Houve também momentos de revolta: "O primeiro sentimento, depois de lidar com o susto e o medo iniciais, foi de revolta. Você se pergunta: “Por que está acontecendo isso comigo".
Hoje, aos nove meses de gravidez, a revolta deu lugar a gratidão. "Agora pode chegar, Manuela. Amadurecemos juntas. Hoje sua mãe é melhor que ontem".
Fonte: Extra