Por Wanderson Camêlo e Marta Alencar
Etiqueta: Se Faz (Mentira)
Um vídeo divulgado em massa no WhatsApp apresenta um homem, não identificado, dialogando com alguém, aparentemente, sobre a disputa (que foi para o segundo turno) entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pela presidência da República. O conteúdo conta uma legenda que diz: “a prova da fraude nas urnas está aqui, compartilhem ao máximo”. O material foi divulgado no YouTube justamente no dia das eleições, 02 de outubro, e registrou 4 mil curtidas, 102.941 visualizações e 1,3 mil comentários.
Durante o vídeo, o homem -sem identificação- cita “em convencer o povo” de que o petista está na frente e acrescenta: “O objetivo é fazer com que a coisa aconteça porque vou te falar uma coisa: ‘pesquisa pode não ser verdadeira, porém, o que nós estamos preparando para as urnas é imensamente grande, e não tem nada de federal impedir que a gente consiga essas eleições”.
O rosto do autor das declarações não aparece, mas é possível notar que ele está usando um crachá de identificação, só não é possível também ler o que está escrito.
A COAR analisou o site do TSE e constatou que a Corte nunca registrou qualquer tipo de ocorrência que colocasse em xeque a lisura do sistema de votação nacional. Conteúdos parecidos já foram checados pela nossa reportagem. Conforme informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas eletrônicas jamais entram em rede e não têm nenhuma conexão com a internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração.
Vale destacar também que, depois que a votação é encerrada, o total de votos registrados em cada aparelho é gravado em uma mídia digital. Logo após, o resultado é transmitido ao TSE por meio de uma rede exclusiva da Justiça Eleitoral, o que impede qualquer tentativa de interceptação por hackers. Os dados chegam criptografados ao Tribunal, onde são checados e somados por um programa. Todo o processo de totalização também passa por auditorias. E por meio do Boletim de Urna (BU) e do Registro Digital do Voto (RDV), é possível conferir todos os votos que foram digitados na urna sem o risco da quebra do sigilo do voto.
História de segurança
Não há uma só fraude comprovada sobre as Eleições 2018 ou sobre qualquer outra eleição em 25 anos de uso da urna eletrônica. Essa constatação foi feita não apenas por auditorias realizadas pelo TSE ou por partidos políticos.
A COAR ressalta que ao receber uma mensagem duvidosa, desconfie e não forneça seus dados antes de ter certeza de que é verdadeira. Qualquer dúvida nos contate pelo WhatsApp, Telegram ou pelo nosso e-mail coarnews@gmail.com ou mesmo pelo Instagram (@coarnoticias).