A página do programa Sábado News, apresentado pelos comunicadores Luiz Fontinele e Carlos Magno, publicou na última sexta-feira (26) uma mensagem enviada por um seguidor expressando uma reclamação sobre o péssimo atendimento de um médico no Hospital Messias de Andrade Melo (HMAM) em Batalha.
Na mensagem publicada, contendo várias ofensas e palavras de baixo calão, a pessoa, que não teve sua identidade revelada, afirma que um médico do hospital estaria ali apenas fazendo um favor, insinuando que ele não está desempenhando seu trabalho com a devida competência.
"Tenho recebido várias reclamações desse médico com a sua maneira grosseira de tratar aqueles que procuram atendimento no Hospital de Batalha. É preciso que a direção do hospital tome providências, parece até que esse tal médico que para um jumento só falta o rabo está ali fazendo favor", diz um trecho da mensagem publicada pela página.
Por sua vez, a diretora do HMAM, Thaís Rejane, publicou uma mensagem de repúdio à publicação e em defesa dos profissionais de saúde que atuam no Hospital de Batalha. "Em um ambiente com mais de 100 pessoas, é impossível todos agirem da mesma maneira, com isso não se pode generalizar um serviço tão digno com palavras de baixo escalão", escreveu.
É importante ressaltar que a mensagem publicada na página citada foi enviada por uma pessoa específica e não se trata de uma reportagem. Foi publicada sem obter informações adicionais e sem ouvir todas as partes envolvidas antes de tirar conclusões definitivas sobre o assunto.
Thaís ressaltou que no Hospital Messias de Andrade Melo muitas vidas são salvas e cuidadas diariamente e afirmou que o tratamento humanizado e o respeito são uma via de mão dupla.
"Lá [HMAM], muitas vidas já foram salvas e cuidadas sim, e continua salvando e cuidando todos os dias, até mesmo daqueles que hoje se sentem no direito de agredir atrás de mídia e ibope. Tratamento humanizado e respeito são uma via de mão dupla, você só dá quando você recebe", diz outro trecho do texto publicado pela enfermeira.
Indignada, a diretora do hospital destacou ainda que não entende como uma pessoa que procura atendimento de saúde com uma câmera de celular ligada, dizendo palavrões, esteja realmente necessitando de um atendimento de urgência.
"Ninguém consegue me convencer de que uma pessoa que procura atendimento de saúde com uma câmera de celular ligada, dizendo palavrões, esteja realmente necessitando de um atendimento de urgência ou esteja simplesmente querendo, de qualquer forma, um atendimento em um local inapropriado para sua situação", ressaltou.
A enfermeira continuou seu desabafo e afirmou que agressão é diferente de desespero ou nervosismo diante de uma determinada situação de saúde. "Em meio a tanta ignorância e ingratidão do ser humano, é difícil ter ânimo para continuar, mas continuem, meus amigos e colegas de profissão. Quem critica de forma grosseira sem dar detalhes não sabe muitas vezes nem o que está falando, alguns nem moram no município e nem de longe conhecem a realidade da saúde pública".
Por fim, Thaís Rejane escreveu que atender bem é diferente de se submeter à vontade do outro, mesmo sabendo que ali não é o lugar onde a conduta não esteja correta. Ela finalizou expressando total apoio aos profissionais de saúde da unidade de saúde.