A conta oficial da primeira-dama, Janja da Silva, foi invadida na noite desta segunda-feira (11). A página tem mais de 1 milhão de seguidores. Nas publicações recentes, há ofensas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
"O Alexandre de Moraes é bandido e logo vai sofrer impeachment. Nada que ele faça vai impedir a gente de falar a verdade, enquanto tenho tempo falarei mais e mais", diz uma publicação.
Além das ofensas contra autoridades brasileiras, o hacker também publicou mensagens de conteúdo misógino, onde afirma que a primeira-dama trai o presidente Lula com o jogador de futebol Neymar. Além disso, há publicações chamando o presidente de "vagabundo" e textos de cunho sexual e ofensivas às mulheres. Uma das mensagens diz "sou uma vagabun** estuprad*".
A assessoria da primeira-dama Janja afirmou que o governo já acionou a Polícia Federal e o X para retomar a conta e investigar o caso. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse que "os criminosos que participam deste crime não ficarão impunes".
Polícia Federal está investigando
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou na noite desta segunda-feira (11) que Polícia Federal (PF) investiga o ataque hacker ao perfil da primeira-dama Janja Lula da Silva na plataforma X (antigo Twitter).
Na nota, a secretaria diz ainda repudiar "veementemente o ataque" e que a plataforma X também foi acionada para apurar o caso.
"Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", completa.
Comunicado "oficial"
O hacker também chegou a divulgar um "comunicado oficial", em áudio, em uma das postagens, que diz: "Eu quero avisar que estou ciente que a PF está investigando isso daqui. Eu não estou nem aí, eu sei que vai dar alguma coisa, talvez dê, talvez não dê, depende do sistema judiciário desse país, que é quebrado, por sinal."
*Com informações de O Tempo e Agência Brasil