Uma propriedade rural localizada em Cocal de Telha, interior do Piauí, foi identificada como um foco de peste suína clássica. O local abrigava 15 suínos, dos quais dois morreram e os outros foram sacrificados após a confirmação da doença, na semana passada.
O proprietário dos animais notou a situação quando dois porcos apresentaram rapidamente sintomas de diarreia, fraqueza e comportamento atípico de amontoamento.
Ele acionou a Secretaria de Agricultura Municipal, que, por sua vez, comunicou a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI) por meio da Unidade de Sanidade Animal e Vegetal de Piripiri, conforme explicou Karoliny Mendonça, Coordenadora Estadual do Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS).
Os técnicos da ADAPI, através da Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA), estiveram no local em 23 de novembro para coletar amostras dos suínos. Uma semana depois, a confirmação da presença da doença levou ao sacrifício dos outros 12 animais.
Conforme estipulado pela lei N° 7.871 de 23/09/2022, o proprietário será indenizado pela perda dos animais. Idílio Moura, gerente de Defesa Animal, esclareceu que a doença não é transmitida aos seres humanos e que o consumo da carne suína não representa risco à população.
"É importante tranquilizar a sociedade, já que essa doença não é zoonótica e, portanto, não é transmitida aos seres humanos. O consumo da carne suína não representa risco, uma vez que a doença é de relevância apenas comercial, causando prejuízos na criação", enfatizou Moura.
Sobre a vacinação, a ADAPI esclarece que no Brasil a vacinação contra a peste suína clássica é proibida. No entanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) gerencia um projeto piloto em Alagoas, denominado "Projeto - Brasil Livre de Peste Suína Clássica", onde estão sendo testadas campanhas de vacinação. Na 5ª etapa desse projeto, mais de 17 mil animais já foram vacinados contra a doença no estado de Alagoas, em uma ação que se estende até 12 de dezembro de 2023.