O período de carnaval, por ser um momento de bastante alegria e festejo, é visto pelos solteiros como um cenário propício para brincarem e beijarem com maior frequência em relação ao resto do ano. No entanto, é preciso ter cautela, pois diversas infecções podem ser transmitidas. O cuidado com a saúde bucal é crucial durante este feriado.
Por isso, a professora de Odontologia da UNINASSAU Teresina, Básia Nogueira, ressalta algumas precauções para os beijoqueiros que irão pular carnaval. "Nesta época, as pessoas tendem a relaxar mais, consumir mais álcool. Isso pode diminuir a imunidade, tornando o corpo mais propício a contrair doenças que são transmitidas, por exemplo, durante o beijo".
As infecções mais comuns são herpes labial, que causa feridas ou bolhas ao redor dos lábios e da boca, e mononucleose, conhecida como doença do beijo. O herpes é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio do contato direto, como beijar alguém que tenha uma ferida ativa. Já a mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e os sintomas incluem febre, dor de garganta, fadiga e glândulas inchadas no pescoço.
A especialista ainda explica que, mesmo que beijar não seja uma prioridade, há cuidados com a região da boca para se dar atenção. “É importante utilizar protetor solar labial, por exemplo. Assim como o rosto, a mucosa labial também precisa de proteção. Então, quando for se expor ao sol, nos bloquinhos ou na praia, não esqueça desse item. Além desses cuidados, é necessário beber bastante água para manter o corpo e a mucosa labial hidratados".
Caso o folião perceba algum sintoma, é importante se consultar com um profissional da área para o fornecimento de orientações e prescrições medicamentosas. É importante lembrar que, embora o beijo seja uma forma comum de transmitir certas infecções, a maioria dessas doenças podem ser evitadas com pequenos cuidados, como lavar as mãos regularmente, evitar o compartilhamento de objetos como copos e talhares, não ter contato próximo com pessoas doentes e praticar boa higiene bucal.
*Por: João Victor Peixe - UNINASSAU