O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que autorizou mandados de prisão e busca e apreensão nesta quinta-feira (08), revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente e envolvido no plano de golpe articulado por seus auxiliares.
De acordo com o parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bolsonaro teria editado uma minuta de golpe entregue por seus assessores, com destaque para Filipe Martins, em novembro de 2022.
Durante uma reunião para discutir medidas contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro recebeu o documento que visava a prisão de ministros do STF e do presidente do Senado. Após intervenção do ex-presidente, a lista de alvos foi reduzida, deixando apenas Alexandre de Moraes como alvo.
Além disso, Bolsonaro convocou generais e comandantes das Forças Armadas para aderirem ao plano. Entre os militares destacados estão o almirante Garnier, general Freire Gomes e brigadeiro Batista Júnior.
O parecer de Gonet menciona Bolsonaro como parte do "núcleo de inteligência" do golpe, responsável por monitorar a agenda e movimentações de Moraes visando sua captura. Não há garantias de que tal monitoramento tenha cessado.