A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), faz um alerta para os riscos da transmissão da dengue em gestantes. Especialistas reforçam a necessidade de cuidados redobrados com a prevenção durante esse período, onde há um aumento nos casos da doença.
O médico obstetra Arimateia Santos, presidente do Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal, explica que, durante a gestação, os sintomas da dengue podem ser potencializados e provocar uma série de complicações para mães e bebês.
“É importante que as gestantes se protejam, porque a literatura nos mostra que a paciente gestante que é contaminada, desenvolve dengue e evolui para a forma grave, e tem uma chance de mortalidade de três a quatro vezes maior quando comparado com a mulher não grávida”, destaca o especialista.
O odor e o aumento do gás carbônico exalado pela pele das gestantes, aliados ao aumento da temperatura corporal, são fatores importantes para a atração do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da dengue. Por conta disso, a recomendação é o uso de repelentes.
“A recomendação é que as gestantes usem roupas, que cubram braços e pernas. Nas áreas mais expostas, devem passar o repelente. Nesse caso, o indicado é o repelente a base da substância Icaridina, facilmente encontrado em farmácias”, informou o médico obstetra.
Conforme dados epidemiológicos, 436 dos 883 casos de dengue já confirmados em 2024 no Piauí são de pacientes grávidas. “As gestantes são um grupo de risco que nos preocupa muito. Já tivemos casos graves de dengue esse ano, inclusive com internação em UTI materna”, conclui Arimateia Santos.