Na noite de quinta-feira, um tremor de magnitude 4,7 foi sentido na região de Cururupu, interior do Maranhão. O terremoto ocorreu precisamente às 23h46, conforme informações divulgadas pelo Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC).
O epicentro do abalo sísmico localizou-se a aproximadamente 30 km do município, nas proximidades do Oceano Atlântico, a uma profundidade considerável de 360 km. Essa profundidade sugere que os efeitos do tremor sobre a população local foram minimizados, corroborando os relatos de que não houve vítimas nem danos materiais significativos.
Especialistas apontam que tremores com magnitude acima de 6.0 na Escala Richter ou 7.0 na Escala de Magnitude de Momento (Mw) são considerados potencialmente perigosos. Em comparação, o maior registro de terremoto no Brasil foi de magnitude 6,6 em Ipixuna, Amazonas, no início deste ano, conforme dados do Serviço Geológico dos EUA.
Entendendo os terremotos
Terremotos são resultantes da liberação repentina de energia na crosta terrestre, geralmente ao longo de falhas geológicas onde as placas tectônicas interagem. Existem três tipos principais de movimentos tectônicos capazes de desencadear tais eventos:
- Falha de Deslizamento: Onde as placas movem-se horizontalmente uma em relação à outra.
- Falha de Subducção: Caracterizada pela submersão de uma placa sob outra, potencialmente liberando energia súbita.
- Falha de Expansão: Ocorre quando as placas afastam-se uma da outra, como observado em dorsais oceânicas.
O caso de Cururupu reitera a importância do monitoramento contínuo da atividade sísmica no Brasil, embora o país não esteja comumente associado a grandes terremotos. A pronta divulgação de informações pelo EMSC e a ausência de consequências graves servem como lembrete da imprevisibilidade da natureza e da necessidade de preparo das comunidades.
*Com informações do PortalODia