Uma nova ocorrência movimentou o caso de envenenamento que chocou Parnaíba, no litoral do Piauí. Na manhã desta quarta-feira (22), Maria Jocilene da Silva, 41 anos, foi hospitalizada após passar mal na mesma casa onde, em janeiro, membros da família dela faleceram devido à ingestão de arroz contaminado com a substância tóxica Terbufós.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) encaminhou a mulher ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). O episódio ocorre logo após a confirmação do óbito de Maria Gabriela Lopes Silva, de apenas 4 anos, que se tornou a quinta vítima fatal do caso.
Polícia intensifica investigações
Equipes da Polícia Militar, Civil e da Perícia Criminal interditaram a rua e realizaram vistorias nas residências próximas, incluindo a condução de vizinhos à delegacia. Durante as diligências, foi flagrado o momento em que um perito deixou a casa de uma vizinha com uma sacola contendo possíveis evidências.
Entre os conduzidos está Maria de Fátima, irmã de Francisca Maria da Silva, uma das vítimas fatais do envenenamento inicial. As autoridades investigam se o mal-estar de Maria Jocilene está relacionado a um novo episódio de envenenamento, embora nenhuma informação oficial tenha sido divulgada sobre a presença de substâncias tóxicas.
Prisão
Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto das crianças, está preso como principal suspeito. Ele teria insistido para que o arroz fosse reutilizado para o almoço, após a ceia de Réveillon.
Os laudos periciais identificaram o veneno Terbufós na panela usada para preparar o arroz e em um dos pratos da residência. A investigação apontou Francisco como uma personalidade complexa, com histórico de colecionar material relacionado ao Nazismo e comportamento frio diante das mortes.
Morte da quinta vítima
Maria Gabriela, de 4 anos, estava internada na UTI pediátrica desde 3 de janeiro e faleceu na noite de terça-feira (21). A mãe da criança, Francisca Maria da Silva, também não resistiu às complicações e faleceu em 7 de janeiro.
Próximos passos
A Polícia Civil segue apurando a nova ocorrência e reavaliando a cronologia do caso. Até o momento, Francisco de Assis permanece como principal suspeito, enquanto outras hipóteses continuam sendo investigadas.