em condição subumana, em total isolamento e sem água encanada, foi
assim que viveu por 28 anos uma família na zona urbana de Batalha.
Condições
precárias, total vulnerabilidade social e problemas de saúde marcaram
por muito tempo a vida do casal senhor Francisco Vicente da Silva (67
anos) e sua esposa senhora Francisca Rodrigues da Silva (44 anos).
Moradores
da Rua Fabiano S/N, Bairro Esperança I, seu Francisco conta que a sua
vida começou a mudar a partir do momento em que o Agente Comunitário de
Saúde da área, Paulo Cesar tomou a iniciativa de procurar as autoridades
para solucionar o problema da família do mesmo.
O Agente
Comunitário relatou à nossa reportagem que ficou estarrecido com a
situação daquela família. Sem água, e até mesmo sem uma rua de acesso à
residência do casal que se encontrava totalmente isolada próximo a um
matagal, algo precisaria ser feito pra mudar aquela realidade.
Aposentado/encostado
por invalidez devido seu estado de saúde, pois o mesmo é hipertenso,
sofre de uma hérnia e tem um dedo do pé amputado, seu Francisco conta
que quando tinha saúde pegava água no colégio do bairro Vila Kolping que
fica distante do local onde mora, ou às vezes ia buscar o liquido
precioso na Câmara Municipal no centro da cidade. Mas segundo ele, agora
sem condições pra se locomover, sua família estava aproveitando a agua
da chuva para o consumo doméstico.
De seus dois filhos apenas um de 14 anos ainda convive com ele e sua esposa, mas a situação financeira da família não é boa.
Perguntado
se já havia procurado a Agespisa para ligar água até sua casa, seu
Francisco disse que sim, mas a resposta que obteve foi que precisaria
ser aberta uma rua até à sua residência.
Diante das dificuldades
do casal o Agente Comunitário de Saúde Paulo Cesar procurou a
Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social do município.
A
Secretária Fátima Pires procurou a Agespisa, mas alegaram que a água só
poderia ser ligada se a rua fosse aberta. Diante da situação Fátima
Pires procurou o Departamento de Obras da Prefeitura e solicitou ao
senhor Anfrísio Filho que abrisse uma rua o que foi prontamente
atendida. No dia seguinte as máquinas estavam no local realizando a
obra.
Como o filho do casal é menor de idade o Conselho Tutelar
foi acionado e a Conselheira Ana Regina passou também a acompanhar o
caso de perto.
Após as máquinas realizarem o serviço, a Agespisa
foi procurada novamente, desta vez pelo Agente de Saúde e a Conselheira
Tutelar, mas funcionários do órgão disseram que alguém teria que cavar
as valas e que também naquele momento os canos estavam em falta no
estoque da Agespisa.
Mas logo o órgão fez o pedido dos canos e
enquanto isso a Prefeitura providenciou a escavação das valas. Depois
que os canos chegaram ao escritório da Agespisa uma equipe da
Assistência Social levou-os até o local da obra e água foi ligada.
Hoje seu Francisco e sua esposa dona Francisca comemoram a chegada da água encanada em seu lar.
Convidada
a visitar esta família, a Prefeita de Batalha Senhora Teresinha Cardoso
em companhia da equipe do Conselho Tutelar e do Agente Paulo Cesar foi
conhecer a situação do casal.
Na oportunidade a Prefeita
parabenizou a iniciativa do Agente Comunitário, da Conselheira e da
equipe envolvida da Assistência Social e do Departamento de Obras da
Prefeitura.
A prefeita conversou bastante com o casal e em um
determinado momento perguntou a seu Francisco se o mesmo recebesse uma
casa em outro local da cidade, se ele iria morar lá. Ele falou que não.
Preferia viver o resto de sua vida naquele lugar, pois é lá que o mesmo
cultiva suas plantações, como milho e feijão.
A prefeita então
se comprometeu em fazer algo para melhorar a estrutura física da
residência do casal. De acordo a prefeita, além da ajuda da Prefeitura,
ela vai dar também a sua contribuição pessoal como faz mensalmente
doando seu dízimo para famílias carentes.
Assessoria de Comunicação – PMB