No fim de semana, um episódio gerou grande repercussão nas redes sociais envolvendo um dos pontos turísticos mais conhecidos de Batalha, a Cachoeira do Xixá. A cachoeira, que é considerada uma das sete maravilhas do Piauí, surpreendeu turistas com novas restrições impostas pela administração local.
O cenário que causou polêmica foi a presença de seguranças privados barrando a entrada de visitantes com caixas térmicas, bebidas e alimentos. Um vídeo gravado e compartilhado por turistas rapidamente viralizou nas redes sociais, expondo o momento em que os turistas foram impedidos de acessar o local com seus próprios itens.
De acordo com os responsáveis pela Cachoeira do Xixá, o local é uma propriedade particular e, como tal, está sob administração privada. O Sr. Guilherme, encarregado pela manutenção da área, reforçou em entrevista a Elis Regina, proprietária do Babado News no Instagram e do Grupo Babados no WhatsApp, que o acesso ao local é gratuito, mas as restrições quanto à entrada com alimentos e bebidas visam preservar a limpeza e a ordem no espaço. “A cachoeira é uma propriedade privada, e temos o direito de manter certas regras para preservar o ambiente e garantir o conforto dos visitantes”, afirmou Guilherme.
A proibição inclui não apenas alimentos, mas também bebidas, principalmente em recipientes térmicos, comuns entre os visitantes. Para os responsáveis pela cachoeira, o objetivo é evitar a bagunça, como o acúmulo de lixo e o comportamento desrespeitoso, o que, segundo eles, tem sido um problema recorrente.
A irmã de Guilherme, que também participou das declarações, detalhou a situação, explicando que a área é bem equipada, contando com restaurante, bar e garçons que atendem aos visitantes. “Aqui, a gente tem toda a infraestrutura para atender quem vem, com cardápios e bebidas. A entrada de alimentos e bebidas trazidos pelos turistas interfere nisso, dificultando o funcionamento do espaço”, explicou.
Embora a visitação à cachoeira seja permitida, o que não é permitido é o comportamento desordenado e a entrada com grandes quantidades de alimentos, como caixas térmicas, fogareiros e carvão, que são frequentemente trazidos pelos turistas. “Nossa prioridade é manter o espaço limpo e agradável para todos. A proibição não é para restringir a diversão, mas sim para garantir que o local se mantenha limpo e organizado”, ressaltou.
A polêmica levantou questões sobre a responsabilidade pela gestão de bens naturais, como cachoeiras e rios. Embora a Cachoeira do Xixa seja uma propriedade privada, é importante destacar que, de acordo com a legislação vigente, os recursos naturais pertencem ao Estado e à União, que têm a responsabilidade pela preservação e gestão do ambiente, em regime de parceria com os governos locais.
No caso específico da Cachoeira do Xixa, ela faz parte do roteiro turístico da região e é um destino muito procurado por visitantes de Batalha e de outras cidades do Piauí. Com sua cascata principal de mais de 8 metros de altura e diversas piscinas naturais formadas ao longo do riacho, a área atrai turistas em busca de beleza natural e um lugar para relaxar.
Os responsáveis pela cachoeira ressaltaram que a intenção não é restringir o acesso, mas sim promover uma convivência mais harmoniosa e organizada. “Todos são bem-vindos, mas precisamos que as pessoas colaborem para preservar o ambiente”, concluiu a irmã de Guilherme.
