Avião que caiu na Índia atingiu refeitório com estudantes de medicina

O avião da Air India que caiu nesta quinta-feira (12), minutos após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, atingiu um prédio universitário que funcionava como alojamento para estudantes de medicina. Segundo autoridades locais, ao menos cinco pessoas morreram no solo, além das vítimas a bordo.

A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, levava 242 pessoas, incluindo 232 passageiros e 10 tripulantes, com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres. A queda ocorreu em uma área residencial, atingindo diretamente o refeitório da Faculdade de Medicina BJ, onde, segundo a reitora Minakshi Parikh, entre 60 e 80 alunos estavam almoçando no momento do impacto.

Um incêndio tomou conta do prédio logo após o choque. A maioria dos estudantes conseguiu sair, mas cerca de dez ficaram presos. De acordo com a Federação Indiana de Associações Médicas (FAIMA), cerca de 60 estudantes foram levados a hospitais, com ao menos dois internados na UTI. Familiares que estavam no local também estão desaparecidos.

A polícia da cidade informou que 204 corpos foram recuperados, e o número final de vítimas pode subir. Entre os passageiros estavam 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense. A nacionalidade de outros 12 passageiros ainda não foi confirmada.

O ex-ministro-chefe de Gujarat, Vijay Rupani, também estava na aeronave, segundo autoridades locais. Até agora, não há confirmação oficial de sobreviventes entre os ocupantes do avião.

Segundo a plataforma FlightRadar24, o sinal do voo foi perdido quando a aeronave estava a cerca de 190 metros de altura, segundos após a decolagem. O piloto chegou a emitir um alerta de emergência (“Mayday”), mas o contato com a torre foi interrompido logo em seguida. As causas da queda ainda estão sendo investigadas.

Este é o primeiro acidente fatal envolvendo um Boeing 787-8 Dreamliner desde que o modelo foi lançado, em 2011. A Air India afirmou que está colaborando com as autoridades na apuração dos fatos. Equipes de resgate seguem trabalhando na área.