O calor extremo, fenômeno climático que representa o maior risco de mortalidade global, pode tornar áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil inabitáveis dentro de 50 anos, segundo uma análise da NASA. O estudo, liderado pelo cientista Colin Raymond do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial americana, foi publicado na revista Science Advances e utiliza projeções da temperatura de bulbo úmido para avaliar o impacto do calor combinado com a umidade.
A temperatura de bulbo úmido, que combina temperatura e umidade do ar, é uma medida crucial para entender o desconforto térmico. Valores superiores a 35°C podem ser fatais após mais de seis horas de exposição, mesmo para pessoas saudáveis.
O estudo alerta que regiões como o Sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho, partes da China, Sudeste Asiático e Brasil podem enfrentar condições inabitáveis até 2070. O aumento da umidade agrava a sensação de calor, dificultando a evaporação do suor e sobrecarregando o sistema de resfriamento do corpo.
Entre 2000 e 2019, o calor causou a morte de aproximadamente 489 mil pessoas anualmente, mas estima-se que o número real seja 30 vezes maior, totalizando cerca de 14,67 milhões de mortes por ano. Esse dado é anterior às temperaturas recordes de 2023 e 2024, anos que marcaram picos históricos de calor.
A umidade excessiva reduz a capacidade de o corpo dissipar calor, levando a condições de hipertermia e colapso por calor. A temperatura corporal elevada pode causar danos cerebrais e falhas nos órgãos, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte associada ao calor. A situação pode se agravar se o aquecimento global continuar a acelerar.
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