Batalha

Moradores enfrentam rotina de escassez e indignação com falta d’água em bairros de Batalha

A população de diversos bairros da zona urbana de Batalha segue enfrentando uma rotina de escassez de água que se arrasta há anos, mas que se agravou drasticamente nos últimos meses. No bairro Vila Kolping, a situação já passa de dois meses sem o fornecimento regular. Moradores relatam que, mesmo com as contas pagas em dia, não têm água nem para as necessidades básicas e precisam recorrer a outras áreas para encher baldes e garrafões, muitas vezes caminhando mais de 500 metros.

“Antes, pelo menos a água vinha de madrugada. Agora, não vem de jeito nenhum. Pagamos os talões, mas não temos água para o consumo diário”, desabafa um morador da Vila Kolping. Segundo ele, um poço nas proximidades que ajudava a amenizar a situação queimou há cinco dias e ainda não foi consertado. “Fazemos reclamações quase todos os dias, mas as respostas são sempre as mesmas: nada muda.”

Para os moradores, a Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí) alega que a bomba de captação que atende à região estaria queimando por problemas de energia. Ainda assim, os moradores denunciam que mesmo com o sistema supostamente funcionando, a água não chega às residências.

O problema também se repete no bairro Morro da Saudade, onde a água só aparece, e de forma muito limitada, durante a madrugada. “Está suspenso há mais de um mês. A conta chega, mas a água não. Quando ligamos para reclamar, dizem que o abastecimento será normalizado no dia seguinte, mas isso nunca acontece. É inadmissível”, afirma uma moradora.

Na Câmara Municipal de Batalha, o tema foi debatido durante a segunda sessão ordinária de 2025, realizada em 14 de março. Os vereadores citaram os bairros Vila Kolping e Pedra do Letreiro como os mais afetados. Na ocasião, o presidente da Casa, vereador Thyago Lustosa (PP), apresentou um requerimento solicitando a realização de uma audiência pública para discutir o problema com representantes da Agespisa, do Ministério Público e da sociedade civil. O requerimento foi aprovado por unanimidade, mas até o momento a audiência ainda não foi marcada.

Enquanto isso, a população segue à mercê da sorte — ou da chuva — para conseguir encher seus recipientes e manter a rotina de casa. A indignação cresce, assim como a urgência por uma solução efetiva e duradoura.

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Carlos Santos

Repórter e colunista no Diário de Caraíbas.

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