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O barulho da irresponsabilidade

O som ensurdecedor de motos com escapamentos adulterados e a prática arriscada de “levantar pneus”, conhecida popularmente como “grau”, têm tirado o sono e a paz da população. A revolta é compreensível. Afinal, não só o barulho infernal incomoda, mas também o risco crescente de acidentes que coloca em jogo a segurança de todos.

Nessa situação, é fácil apontar o dedo para as autoridades, cobrar medidas e exigir fiscalização. Claro, o poder público tem o seu papel. É preciso que a legislação seja cumprida, que as ruas sejam monitoradas e que as infrações sejam punidas. No entanto, é fundamental também voltarmos o olhar para dentro de casa e nos perguntarmos, onde estão os pais e as famílias desses jovens?

A formação do caráter, dos valores e do senso de responsabilidade começa no lar. São os pais que têm a missão de ensinar limites, de mostrar que liberdade vem acompanhada de responsabilidade. É em casa que se aprende que o respeito ao próximo é essencial para a convivência em sociedade.

Quando um jovem se aventura pelas ruas fazendo barulho e colocando vidas em risco, ele está falhando em compreender que seus atos têm consequências. Essa falha é, em parte, um reflexo da falta de orientação e de acompanhamento. É preciso que as famílias estejam mais presentes, mais atentas ao que os filhos estão fazendo, com quem estão andando, e quais são suas atitudes.

As conversas francas sobre os perigos e as consequências das ações são fundamentais. O diálogo é uma ferramenta poderosa para prevenir que atitudes impensadas se tornem tragédias. O exemplo dado dentro de casa também conta muito. Jovens que crescem em ambientes onde o respeito às regras e ao próximo é valorizado tendem a levar esses valores para fora de casa.

Além disso, é importante considerar a criação de um local seguro e adequado para a prática do “grau”. Espaços designados e supervisionados podem oferecer uma alternativa para que os jovens possam praticar de forma controlada, reduzindo os riscos nas vias públicas e promovendo uma cultura de segurança e respeito.

Portanto, não basta apenas cobrar das autoridades. É urgente que cada família assuma a sua parte na formação dos seus filhos. A cidade que queremos começa a ser moldada dentro de cada lar, no carinho, no cuidado e na orientação que damos às nossas crianças e adolescentes.

Que esse barulho das motos nas ruas seja um alerta. Não apenas para o poder público, mas principalmente para as famílias. É hora de acordar para a responsabilidade que é nossa. De cuidar, de educar e de mostrar o caminho do respeito e da segurança.

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