Geral

Objeto luminoso no céu intriga moradores do Piauí e Maranhão

Um objeto luminoso foi visto cruzando o céu com grande velocidade na noite desta segunda-feira (2), chamando a atenção de moradores em diversas cidades do Maranhão e do Piauí. O fenômeno foi registrado por cinegrafistas amadores e rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, onde vídeos mostram um rastro de luz que durou poucos segundos, com coloração que variava entre tons amarelados, azulados e esverdeados.

O registro mais nítido foi feito no município de Santo Amaro, no Maranhão. No Piauí, moradores de União e Castelo do Piauí também relataram ter visto o clarão cortando o céu. “Acabamos de ver no céu um fenômeno curioso, como se fosse um cometa muito luminoso, bem de perto, era azul, passando para o verde e foi caindo”, descreveu um dos moradores nas redes sociais.

Apesar da movimentação causada nas redes, a origem exata do objeto ainda não foi confirmada oficialmente. Segundo o climatologista Werton Costa, mestre em Geografia e diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí, a principal hipótese é que o fenômeno esteja ligado à reentrada de lixo espacial. “As características oscilam entre um meteoro ou lixo espacial que se desintegrou ao entrar na atmosfera da Terra”, explicou.

A Graviton Scientific Society, instituição que estuda fenômenos astronômicos, também está analisando os vídeos enviados por moradores para tentar identificar a natureza do objeto. “Trata-se de um registro raro de entrada de material espacial em alta velocidade. Recebemos relatos de muitos seguidores que viram o fenômeno nos céus do Piauí e do Maranhão”, informou o climatologista.

O que é lixo espacial?

Lixo espacial é qualquer objeto de origem humana que está em órbita da Terra, mas que não tem mais utilidade. São satélites desativados, partes de foguetes, ferramentas perdidas por astronautas e até pequenas lascas de tinta que se desprendem de equipamentos em órbita.

Esses objetos se movimentam a velocidades altíssimas — acima de 28 mil km/h — e representam um risco real para satélites ativos, estações espaciais e, em casos mais raros, para a própria Terra. Embora a maioria dos fragmentos queime ao reentrar na atmosfera, detritos maiores podem sobreviver e atingir o solo, como já ocorreu em algumas situações documentadas.

Participe do nosso grupo do WhatsApp e acompanhe nossos destaques!
Entrar no grupo
Arnaldo Silva

Jornalista formado pela UFPI, fundador e editor do Diário de Caraíbas.

View Comments

Recent Posts

Caminhoneiro é autuado por desacato durante fiscalização em Batalha

Ação da Sefaz e da PM ocorreu na BR-222, no povoado Bela Vista

18 horas ago

Batalha recebe revisão do Pré-Enem + Pré-Saeb neste sábado (7)

Evento presencial será realizado no Ceti Gayoso e Almendra, com aulas ao vivo

18 horas ago

Brasil estreia técnico contra Equador nesta quinta pelas Eliminatórias

Partida marca início de Ancelotti no comando da Seleção; veja onde assistir

23 horas ago

Zona rural de Batalha terá primeira Sala de Recursos Multifuncionais

Espaço vai oferecer atendimento educacional a alunos com necessidades específicas

1 dia ago

Guilherme propõe emenda impositiva para fortalecer papel dos vereadores

Parlamentar quer garantir percentual fixo para emendas individuais no orçamento

2 dias ago

Morre aos 92 anos Niède Guidon, ícone da arqueologia brasileira

Pesquisadora dedicou a vida ao Parque da Serra da Capivara e desafiou teorias sobre o…

2 dias ago