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Padrasto suspeito de envenenamento tinha ‘nojo’ da família

Em depoimento à Polícia Civil, Francisco de Assis Pereira, 53 anos, suspeito de envenenar a família no início do ano, revelou sentimentos de desprezo e nojo pela convivência com os enteados e a esposa. De acordo com o delegado Abimael Silva, que lidera o inquérito, Francisco referia-se às crianças envenenadas como “primatas” e demonstrava uma relação conturbada com toda a família.

O padrasto, preso após o envenenamento que resultou na morte de Francisca Maria Silva e de três filhos, descreveu os familiares de forma pejorativa, chamando-os de “não higiênicos” e “vivendo como uma tribo de índios”. Sobre Francisca, Francisco a rotulava como uma “mente tola” e “matuta”, chegando a manifestar seu desejo de que ela deixasse a casa. A polícia aponta o desprezo e a insatisfação de Francisco como possíveis motivações para o crime, embora ainda não haja confirmação da autoria.

Durante a investigação, a polícia encontrou alimentos pessoais trancados em um baú na cozinha, além de material gráfico com conteúdo nazista em posse de Francisco, o que ele alegou ser fruto de “curiosidade”. A polícia também descobriu um imóvel desconhecido pela família, onde foram encontrados mais materiais relacionados ao Nazismo. Apesar de Francisco afirmar que seu interesse pelo tema era meramente curioso, o delegado Abimael Silva considera necessário aprofundar a investigação para compreender a motivação e a complexa personalidade do suspeito.

Além do material apreendido, Francisco reclamou em seu depoimento sobre ser o único provedor da casa, demonstrando raiva por ter que sustentar a família enquanto os demais recebiam benefícios assistenciais. Para o delegado Abimael, as declarações espontâneas do suspeito e o contexto em que vivia sugerem uma psicopatia criminal.

Francisco de Assis Pereira permanece preso temporariamente para garantir a segurança dos familiares e evitar represálias da sociedade. A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito, prazo que pode ser estendido caso necessário. O delegado ressaltou que a complexidade do caso exige cautela e uma análise detalhada para confirmar a autoria e entender a motivação por trás do trágico envenenamento familiar.

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