A partir de sua introdução nos Estados Unidos em 1999, mais de 27.500 casos foram registrados com mais de 200 óbitos neste país.
Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde, um biólogo e um veterinário do Ministério da Saúde foram ontem à zona rural da cidade de Aroeiras do Itaim. O município tem um caso suspeito de febre do Nilo, no qual um vaqueiro de 52 anos teria sido infectado pela doença e ficado com parte do corpo paralisado.
A enfermeira do Programa de Saúde da Família da cidade, Ilma Barroso, explicou ao CidadeVerde.com que foram coletadas amostras de sangue de oito galinhas e seis cavalos, animais que podem ser hospedeiros do vírus que provoca a enfermidade.
“Recentemente morreram oito galinhas de forma desconhecida e um cavalo também faleceu em junho. À noite também foram capturados mosquitos que podem transmitir a doença”, descreve.
A febre pode ser transmitida por aves silvestres e mosquitos e esporadicamente podem afetar outros hospedeiros, como aves, humanos, cavalos e outros mamíferos.
Segundo Ilma, o vaqueiro supostamente infectado teria manifestado uma forma grave da doença e ficou paralisado, recuperando os movimentos aos poucos. “A doença se manifesta de várias formas e geralmente não é grave. No caso dele, ele estava movimentando apenas a cabeça, mas após ser internado, já recuperou os movimentos do tronco e dos braços, embora não caminhe. Está consciente, fala e permanece internado em um hospital de Teresina”, disse a enfermeira, que preferiu não divulgar o nome do paciente, para preservá-lo.
Dois testes já confirmaram que o paciente teria sido mesmo infectado pelo vírus da Febre do Nilo, mas ainda está sendo aguardado um terceiro resultado de teste, bem como a confirmação de presença dos vírus no sangue coletado dos animais. Caso seja comprovado, este pode ser o primeiro caso de Febre do Nilo no Brasil.
A Secretaria Estadual de Saúde divulgou uma nota sobre o caso onde afirma que foi realizado um estudo de campo na região para investigar se há em familiares ou vizinhos, sinais e sintomas semelhantes ao do paciente. “Tal estudo contou com apoio técnico do Ministério da Saúde e até o presente seus resultados não indicam presença ou possibilidade de surto de doença entre seres humanos ou animais”, diz um trecho da nota. cidadeverde