Famílias da zona rural de Batalha receberam, nesta sexta-feira (13), 917 títulos de propriedade rural durante solenidade realizada em Caraíbas II. A ação faz parte do programa de regularização fundiária do Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
A entrega dos documentos contempla moradores do Assentamento Macambira, considerado um dos maiores da América Latina, com área superior a 17 mil hectares. A regularização garante a formalização da posse da terra e possibilita o acesso a crédito rural e a outras políticas públicas.

O evento foi realizado no Clube de Caraíbas e contou com a presença do governador do Piauí, Rafael Fonteles, que destacou a importância da ação. “Fiz questão de alterar minha agenda para estar aqui hoje e acompanhar de perto esse momento para as famílias beneficiadas”, declarou.

Também estiveram presentes na cerimônia os deputados estaduais Francisco Lima, Georgiano Neto e Tiago Vasconcelos; o deputado federal Júlio César; o senador Marcelo Castro; o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas; e o diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante.



Entre as autoridades locais, participaram os vereadores Guilherme Machado, Sargento Machado e Antônio Neres; a ex-vereadora Patrícia Vasconcelos; o ex-vereador Augusto César; o ex-vice-prefeito Adão de Araújo; e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Batalha, Maria Dulce.

Quase um século de luta pela terra
A ocupação da área teve início em 1929 e completa 96 anos em 2025. O assentamento abriga cerca de 3 mil famílias, em sua maioria pequenos agricultores que vivem da agricultura familiar, da criação de animais e da produção de mel.
Somente em 1983, após décadas de ocupação espontânea, o Estado desapropriou a área, até então pertencente à Diocese. No ano seguinte, 749 famílias foram reconhecidas formalmente e receberam o título da terra. Em 2024, outras 589 famílias já haviam sido tituladas, totalizando agora 1.500 títulos entregues no assentamento.
Segurança jurídica e acesso a políticas públicas
A entrega dos títulos definitivos garante segurança jurídica aos moradores e abre caminho para o acesso a políticas públicas, linhas de crédito, programas de incentivo à produção e ações voltadas à cidadania no campo.

“A regularização fundiária não é apenas um ato formal. Ela transforma a realidade das famílias, garante dignidade e permite que o pequeno agricultor possa investir, acessar crédito e crescer com segurança”, destaca o diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante.