Um forte terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28), provocando destruição em cidades do Sudoeste Asiático. O abalo, registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), teve epicentro a cerca de 16 km da cidade de Mandalay e foi sentido com intensidade em países vizinhos, incluindo a Tailândia e a China.
O terremoto ocorreu às 12h50 no horário local (2h20 no horário de Brasília) e teve profundidade de 10 km. A cidade de Mandalay, segunda maior de Mianmar, foi uma das mais afetadas, com relatos de desabamentos e colapso de parte da infraestrutura urbana. Na capital Naypyidaw, rodovias foram danificadas, e moradores relataram dificuldades de locomoção devido às fendas abertas no asfalto.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o impacto do tremor, que derrubou prédios. As autoridades locais ainda avaliam os danos e trabalham para resgatar possíveis vítimas presas nos escombros. O número exato de mortos e feridos está em atualização, mas já há registro de pelo menos 25 óbitos em Mianmar.

Na China, os tremores também foram sentidos em cidades no sul do país. Autoridades chinesas ainda avaliam os impactos, mas já há relatos de danos estruturais em alguns edifícios.
Por que a Ásia registra tantos terremotos?
A Ásia, particularmente ao longo do “Cinturão de Fogo do Pacífico”, é uma das regiões mais propensas a terremotos devido à sua localização geológica. Vários fatores explicam a frequência desses fenômenos:
- Placas tectônicas convergentes: O Sudoeste Asiático está situado no encontro de grandes placas tectônicas, como a Placa Indo-Australiana, a Placa Eurasiática e a Placa do Pacífico. Quando essas placas colidem, ocorre um acúmulo de tensão que resulta em terremotos.
- Subducção: Muitas regiões do Sudeste Asiático têm zonas de subducção, onde uma placa tectônica desliza sob outra. Esse processo é uma das principais causas de terremotos em países como Indonésia, Filipinas e Japão.
- Atividade vulcânica: O Cinturão de Fogo do Pacífico é uma área de intensa atividade vulcânica, e a movimentação das placas tectônicas pode desencadear tanto terremotos quanto erupções vulcânicas.
- Fragilidade geológica: A região possui diversas falhas geológicas, o que facilita a ocorrência de tremores devido ao constante movimento entre as placas tectônicas.
Os cientistas seguem monitorando a atividade sísmica na região, alertando para a possibilidade de novos tremores secundários nas próximas horas.
